SOBRE A LUTA DE BOLSONARO PARA IMPEDIR A INSTALAÇÃO DE UMA CPI PARA APURAR A CORRUPÇÃO NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Embora pessoalmente esteja na categoria definida pela psiquiatria como ‘oligofrenia’, o presidente Jair Bolsonaro aprendeu a compensar suas deficiências cognitivas pela orientação de diferentes setores da chamada ‘turma do Capetão’. Houve um tempo que este papel foi compartilhado por Steve Bannon e Olavo de Carvalho. Agora, ao que parece, mantendo algum espaço para a dupla Augusto Heleno e Artur Lira, o presidente Bolsonaro se entregou ao chamado Centrão, encarnado por Cid Nogueira e Waldemar Costa Neto. Assim, seguindo cegamente a trilha apontada pelos novos mentores, Jair Bolsonaro está convencido que, se os podres da sua gestão não forem conhecidos pelo grande público, ele teria alguma chance de disputar um segundo turno contra Lula e, quem sabe, renovar o mandato presidencial. Por isso, sem desdenhar as opiniões de Augusto Heleno e Artur Lira (que defendem a ‘solução militar’ com semi-presidencialismo), o presidente Bolsonaro decidiu esmagar a iniciativa de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pelo Senado para apurar a corrupção que campeia no ministério da Educação. Sobre este esforço contra a CPI, línguas bem informadas dizem que o Planalto está comprando a retirada de assinaturas já firmadas no requerimento original por ‘rios de dinheiro’. Considerando especialmente as pressões exercidas sobre o presidente Rodrigo Pacheco e sobre os senadores, é cedo para se acreditar na instalação da CPI da Corrupção, mas uma coisa é certa: se o Povo souber da roubalheira apaniguada pelo Planalto, Bolsonaro não vai chegar às eleições sequer com os 20% associados ao gado mais fiel.