Há 10 anos, num dia como este – provando que pode até dar rápidos cochilos, mas nunca dorme -, reforçada por desocupados e descontentes de todas as naturezas, a direita foi às ruas do centro do Rio de Janeiro, dando início a um processo que ganhou forças e, ao custo de fortunas aplicadas sobretudo em propaganda, campanhas de fakenews e Lawfare, redundou no golpe de 2016.
Começou, então, mais uma triste página da história do Brasil. Inicialmente sob a batuta do usurpador Michel Temer e, depois, em profundo mergulho no ultraliberalismo, sob o (des)governo de Jair Bolsonaro, o Brasil foi levado a um regime de desmonte do Estado, dilapidação do patrimônio público e de desconstrução da nacionalidade, cujo propósito, para além do enriquecimento de alguns, era a conversão do país numa republiqueta de bananas, subordinando-o aos interesses dos Estados Unidos e [interesses] do chamado ‘grande capital internacional’.
O vendaval liberal anulou conquistas previdenciárias e trabalhistas, destruiu a imagem da diplomacia altiva do Itamaraty, praticou o ecocídio, ameaçou a sobrevivência das comunidades indígenas, desrespeitou minorias, consumiu reservas internacionais, ampliou as desigualdades, banalizou a violência, fez o pais recuar 50 anos na sua história.
Esta triste quadra foi agravada pela pandemia de coronavírus que terminou por ceifar a vida de 700.000 brasileiros.
Esta nova onda de maldades e perversões inspiradas no mais brutal dos egoísmos foi interrompida pela vontade do Povo, que, no pleito de outubro de 2022, mais uma vez, disse NÃO às propostas contrárias aos seus interesses. Pulamos uma fogueira que deixou grandes lições e ao custo de muitos prejuízos.
É tempo de reconstrução e de erguer barreiras para impedir o retorno daquela turma.
É preciso recuperar o terreno perdido e avançar o máximo possível na jornada rumo à inevitável primavera.
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