O número de pessoas em situação de miséria nas ruas das cidades brasileiras é incompatível com o tipo de serviço oferecido pelos programas sociais anunciados pelo governo.
Seria o caso de se perguntar se o Brasil está diante de uma grande fraude e os tais programas assistenciais não passam de fakenews oficiais.
Não é nada disso, pois, de fato, os programas existem.
Acontece que, por desinformação, medo, falta de oportunidade ou quaisquer outras razões, nem sempre os candidatos ao benefício se apresentam para reclamar seus direitos.
Embora aos ‘letrados’ isto esta pareça uma situação inacreditável, pois ‘as instruções são simples e não são muitas as exigências’, o no-show do necessitados é grande e, de certa forma, até natural.
Lembre que estamos tratando de pessoas em situação de rua, gente marginalizada, apartada do convívio social regular, longe de tudo e de todos, que precisa dedicar toda a sua energia, atenção e empenho à conquista daquilo que vai comer na próxima refeição.
Por estas e muitas outras razões, se quiserem agir com eficiência, os órgãos que cuidam dos programas sociais do governo precisam atuar em regime de ‘busca ativa’ das pessoas necessitadas, oferecendo-lhes não só a orientação, mas, também, o suporte requerido ao atendimento das exigências.
O critério de aferição do sucesso dos programas assistenciais não deve ser o número de pessoas atendidas e, sim a quantidade [de pessoas] ainda não atendida. Enquanto houver uma única pessoa necessitada ainda não atendida, o programa estará pouco eficiente.
Evidentemente, este não pode ser o critério para avaliação do próprio governo, cujo sucesso deve ser aferido por um conjunto de quesitos, entre os quais se destaca a completa superação da miséria e inexistência de pessoas necessitadas.
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