João Pessoa é uma cidade maravilhosa.
Quem ainda não conhece a capital da Paraíba trate de conhecer, pois ali está um pedacinho do paraíso.
O povo é hospitaleiro, o mar de águas tépidas tem a cor que os mares irresistíveis precisam ter, a tranquilidade e a agitação se misturam na dosagem certa para agradar os públicos mais exigentes.
O toque futurista do aconchego próprio de João Pessoa foi dado pelos urbanistas que, há tempos, levaram os legisladores municipais a adotar regras de bom senso na ocupação urbana das praias de Tambaú e Cabo Branco, garantindo um padrão dos gabaritos que permite a cidade ser varrida pela brisa gerada no mar.
Infelizmente, graças a uma insana combinação que mistura ganância com burrice em doses perigosas, João Pessoa pode vir a perder parte do seu encanto e incorporar um pouco do inferno que bafeja outras cidades beira-mar.
Com efeito, provavelmente inspirada por algum Deus protetor do mercado imobiliário, por estes dias, a juíza Luciana Celler, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, concedeu liminar pedida pela Construtora Cobran (Brascon) que obriga a Diretoria de Controle Urbano da Secretaria de Planejamento de João Pessoa a conceder num prazo máximo de 72 horas o chamado ‘Habite-se’ ao edifício Way, cuja altura viola a legislação que proteja a cidade.
Se esta insanidade for confirmada, será apenas uma questão de tempo (pouco tempo) até que as lobas egoistas ocupem toda a orla de João Pessoa, roubando para si uma grande parte dos encantos que atualmente beneficiam toda a cidade.
Os paraibanos precisam reagir a esta insensatez.
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