Neste domingo, 17 de novembro de 2024, ao tempo que o mundo voltava os olhos para a realização da reunião do G20 no Brasil sob a presidência de Lula e se estarrecia com a liberação por Joe Biden do uso de armas norte-americanas de longo alcance fornecidas à Ucrânia contra o território da Rússia, uma espalhafatosa operação de queima-de-arquivo era levada adiante na cidade de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Com efeito, no meio da tarde, espocou a notícia de que a casa onde o homem-bomba Francisco Wanderley Luiz morava fora incendiada pela testemunha-chave Daiane Dias, que ficara gravemente ferida, com queimaduras de 1º, 2º e 3º graus por todo o corpo.
Quase que de imediato, a polícia comandada pelo governador bolsonarista Jorginho Melo distribuiu um nota oficial, dizendo que ‘a principal hipótese é que a mulher tenha colocado fogo no imóvel de propósito em uma tentativa de tirar a própria vida’.
Uma história para boi dormir. Está na cara que o episódio (muito mal urdido, diga-se de passagem) não passou de uma queima-de-arquivo, restando saber – a partir da pergunta sobre quem tem interesse em perturbar as investigações do atentado que explodiu bombas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 13 de novembro – quem foram os autores materiais e intelectuais do incêndio criminoso.
Será que os bolsonaristas pensam que o País vai acreditar na versão de que o incêndio da casa do homem-bomba Francisco Wanderley Luiz foi causado Daiane Dias, sua ex-mulher?
Na realidade, este incêndio (mais um atentado violento perpetrado pelo bolsonarismo) cumpriu dois objetivos dos comandantes da ação terrorista: 1) destruir provas ligando o homem-bomba ao time de Bolsonaro e 2) calar a voz de Daiane Dias (uma bolsonarista, que sabe de muita coisa e estava falando muito).
Vamos ver se a Policia Federal descobre alguma coisa. Por uma questão de segurança, recomenda-se a imediata prisão de Jair Bolsonaro.
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