– Este é o presidente do Brasil? – com ar incrédulo, a turista duvidou que o homem sem estilo e arrogante no debate da Rede Globo fosse, de fato, o presidente da república.
Naquele momento, talvez sem atinar ser a autoridade máxima do País e pretender permanecer no cargo, Jair Bolsonaro insistia em recusar qualquer discussão sobre temas de relevância para a alta administração pública, preferindo agir como pretendente ao cargo de síndico de condomínio popular, limitando-se a insultar pessoalmente o adversário.
Com efeito, o debate presidencial realizado pela rede Globo na noite do dia 28 de outubro talvez tenha sido aquele de maior exposição pública do modo como Jair Bolsonaro se comporta, deixando claro a sua incompatibilidade com o cargo que ocupa e quer continuar.
Para ser presidente, além de desejar ocupar o cargo, o pretendente precisa apresentar algumas características indispensáveis à função, entre as quais a aparência, as preocupações e o comportamento de presidente.
Bolsonaro não preenche nenhuma delas: não tem jeito de presidente, não se comporta como presidente e não alimenta as preocupações que devem nortear um presidente.
Olhando direitinho, se percebe facilmente que Bolsonaro está mais para um deputado do baixo clero do que para outra coisa.
A presença de Jair Bolsonaro à frente do mais alto cargo do País reflete um acidente da história e envergonha a todos os brasileiros.