Bolsonaro é um fiasco e, por conta disso, passa e faz o Brasil passar muita vergonha.
Como não sabe as atribuições de um presidente república e não sabe o significado de conceitos como Democracia, Soberania, Patriotismo, Bem-estar e Desenvolvimento, Jair Bolsonaro faz um péssimo governo – ou não governa ou governa com olhos postos apenas nas elites (exatamente o seguimento social que não precisa de proteção do governo.
Por conta desta incapacidade do poder executivo sob Bolsonaro, os outros poderes intervêm na gestão pública para garantir governabilidade ou impedir a presidência de ‘jogar contra o País’. Foi assim, por exemplo, no enfrentamento à pandemia, quando o Congresso Nacional propôs e aprovou um ‘orçamento de guerra’ (negando desculpa para o governo adotar o nada-fazer proposto inicialmente); [quando] o Supremo Tribunal Federal aprovou regras que deram poderes aos governadores e prefeitos (mantendo os Estados e municípios ao largo da inação do governo federal) e [quando] a CPI do Genocídio praticamente obrigou o ministério da Saúde a comprar as vacinas que salvaram milhares de pessoas da morte pela Covid.
Nos dias correntes, a ‘vontade de nada fazer’ continua a humilhar o governo Bolsonaro. Imagine que, no dia 05/06/2022, no embalo do descaso ambiental e estímulo e tolerância à violência, em meio a mais uma completa ausência do governo federal (deve ser o tal ‘Estado mínimo’), o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips precisaram adentrar a floresta e desapareceram no Amazonas.
Diante do silêncio apático do governo Bolsonaro, um clamor mundial passou a exigir providências das autoridades brasileiras para localizá-los.
Mais uma vez, em nova amostra daquilo a que já estamos habituados, Jair Bolsonaro tentou empurrar a questão com a barriga e, como de outras vezes, para compensar o nada-fazer do governo federal, o Senado anunciou a criação de uma comissão para atuar no caso e o STF criou um grupo para atuar junto ao ‘Observatório do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas’.
Ao saber que o ministro Luiz Fux designara o fotógrafo Sebastião Salgado, o ator Wagner Moura, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha e a juíza Livia Cristina Marques Peres para fazer aquilo que seu governo deveria estar fazendo, o presidente Jair Bolsonaro teve mais uma crise de Ira e, apoplético, aos berros, perguntou ao general Augusto Heleno: “Fux pensa que é presidente da república? Este esquerdista quer me desmoralizar para eleger Lula”.
Ato contínuo, ligou para o ministro da Defesa para alertar a presença dos ‘comunistas’ indicados pelo STF para perturbar as investigações…