A situação no Oriente Médio está mais complicada e perigosa do que parece, pois, além do interesse comercial dos mercadores da morte (empresários desprovidos de quaisquer valores morais, impulsionados apenas pela ânsia do lucro advindo da venda de armas e, neste sentido, ‘quanto mais sangrenta for a guerra, melhor’), o genocídio dos palestinos em Gaza parece satisfazer o gosto incontrolável por morte e sofrimento já demonstrado por Joe Biden e por Benjamim Netanyahu.
De fato, apesar do clamor mundial por um cessar-fogo imediato e a abertura de corredores humanitários para a evacuação da população civil desinteressada de permanecer nos escombros de Gaza, talvez refletindo o humor da indústria bélica e o estímulo da Casa Branca, o governo de Benjamim Netanyahu proclama que não quer a paz de forma alguma e, para deixar isto claro, ontem mandou as Forças de Defesa de Israel atacarem o campo de refugiados de Jabalia, que amontoava cerca de 120 mil palestinos, distribuindo a morte dolorosa a centenas de pessoas, incluindo mulheres, crianças, velhos e mutilados.
Por razões naturais e plenamente previsíveis, ao tempo que justifica o alastramento mundial do sentimento de solidariedade aos palestinos indefesos, a truculência e desejo de morte e destruição que embalam as Forças de Defesa de Israel estão provocando o acirramento de um certo clima de hostilidade aos judeus por todo mundo (já foram verificados gestos contra judeus, especialmente na Europa) e o ingresso no conflito de novas forças contrárias a Israel.
Ontem, por exemplo, em entrevista concedida em Sanaa, o grupo Houthis, que atua no Iêmen, a mais de 1.600 quilômetros de Gaza, anunciou a entrada na guerra e assumiu a autoria de ataques com drones e mísseis contra Israel.
Não haverá surpresa se outros grupos também entrarem na guerra, tornando mais difícil a solução do conflito. Embora a superação definitiva da guerra passe pela criação do Estado Palestino, para evitar que o mundo seja arrastado para um conflito de proporções gigantescas e incontroláveis, o Povo de Israel precisa se rebelar e remover o atual entrave à Paz, que, neste momento, chama-se Benjamim Netanyahu.
Embora a substituição de Benjamim Netanyahu no comando do Estado de Israel não garanta a realização da Paz (inclusive porque a Paz não interessa aos Estados Unidos), mas, pelo menos, o termo paz deixará de causar urticária no governo de Israel.
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