Em certa medida, o ultra-liberalismo se assemelha ao anarquismo e, nesta perspectiva – junto com as recentes incursões para desmoralizar o STF (veja, por exemplo, a decisão dos bolsonaristas capixabas de mandar soltar um meliante preso por desobedecer sanções impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ou o sentido das PECs em tramitação que diminuem o poder do STF) e [desmoralizar] o poder executivo (veja a expressão das prendas – fatias da administração pública federal e o controle de grande parte do Orçamento da União – exigidas em troca de apoio) -, o Partido Liberal (partido controlado por Jair Bolsonaro) indicou deputados inexpressivos para presidir duas das mais importantes comissões da Câmara dos Deputados.
Pode parecer brincadeira, mas, no curso da alternância combinada no início da legislatura, o PL indicou a deputada Caroline de Toni – que, segundo dizem os laudos psiquiátricos não-oficiais, é portadora de oligofrenia em alto grau – para comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e [indicou] o deputado Nikolas Ferreira – que, além de condenado, investigado (inclusive no inquérito das fakenews e dos atos golpistas) e réu em diversas ações e, segundo dizem, jamais leu um único livro – para presidir a Comissão de Educação.
Na realidade, embora pareça um escárnio com a seriedade que a Câmara dos Deputados deve ter, a indicação de duas pessoas inteiramente desqualificadas para presidir comissões importantes como as de Constituição e Justiça (CCJ) e de Educação obedece a um plano geral para desmoralizar, não apenas o poder legislativo, mas também os poderes da república como um todo e, assim, preparar a opinião pública para as ‘soluções autoritárias’ que nunca deixam de passar na cabeça daquela gente.
De qualquer forma, a indicação Caroline de Toni e de Nikolas Ferreira para presidir comissões importantes da Câmara dos Deputados (assim como foram as nomeações de Abraham Weintraub, do astronauta, de Damaris Alves, de Ernesto Araújo, do general Eduardo Pazuello, de Ricardo Salles para o ministério Bolsonaro e as indicações de Kássio Nunes Marques e André Mendonça para o STF) mostra a irresponsabilidade como aquela tropa trata o País.
Com gente assim deve se ter o máximo cuidado!
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