Apesar da ausência do presidente Vladimir Putin, vitima da facciosidade do TPI (que, a mando dos Estados Unidos, em processo no qual sequer pode apresentar defesa, teve a prisão internacional decretada), e da bomba bolsonarista explodida em Brasília na semana anterior, a reunião do G20, realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, sob a presidência de Lula, foi um magnífico sucesso da diplomacia brasileira, que conseguiu incluir na Declaração Oficial da Cúpula todos os pontos propostos pelo presidente Lula.
Com efeito, superada a birra inicial de Javier Milei (que só aceitou a posição de Lula quando o Itamaraty o lembrou das muitas vezes em que precisou recorrer ao Brasil para sair das enrascadas criadas pela própria imbecilidade) e o resmungo de última hora da delegação francesa, o Brasil conseguiu incluir o compromisso do G20 com a aliança global contra a fome e a pobreza, com a tributação progressiva dos ‘super-ricos’ e com a necessidade de reforma na governança de instituições multilaterais.
Mais um golaço de Lula (para desespero dos bolsonaristas, os quais, agora, sem coisa melhor para fazer, ao invés de propostas para educação, saúde e coisas importantes, empregam seu tempo com idiotices como ‘pensar em matar uma pessoa não é crime).
Além destes temas, reafirmando o papel do G20 como fórum de cooperação, a Declaração Final da Cúpula firmou o compromisso de ‘construir um mundo justo e um planeta sustentável, sem deixar ninguém para trás’ e, em 85 pontos, abordou temas importantes como “a necessidade de esforços globais para reduzir disparidades de crescimento entre as nações’ e o reconhecimento de que ‘as crises não afetam igualmente o mundo, sobrecarregando desproporcionalmente os mais pobres e aqueles que já estão em situação de vulnerabilidade’.
Vale registrar que, usando seu prestígio internacional, Lula conseguir impedir que, depois de autorizar o disparo de armas norte-americanas de longo alcance pela Ucrânia, Joe Biden usasse G20 como instrumento dos Estados Unidos para atacar a Rússia.
Lula foi um gigante e a 19ª reunião do G20 consolidou a impressão geral de ele estar entre os maiores líderes mundiais de todos os tempos.
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