Vivemos tempos muito esquisitos. Imagine que, à despeito das mensagens de ‘Feliz Páscoa’ presentes por toda a parte, o mundo assiste impassível a organização e reestruturação do Mal. De fato – mesmo se dizendo partidário do amor, [partidário] da paz, [partidário] da concórdia, [partidário] da harmonia, [partidário] da fartura [partidário] da felicidade e do bem-estar social, discordar dos preconceitos, [discordar] da violência, [discordar] da mentira como instrumento regular de convivência e de ação política, [discordar] da manipulação da Lei para conquista do poder e destruição dos adversários, [discordar] da arrogância política e abominar o sofrimento, [abominar] a fome, [abominar] a ignorância, [abominar] a truculência -, as pessoas parecem não se incomodar com a movimentação dos grupos cujo propósito único é a destruição de tudo aquilo em que acreditam, disseminando um regime de vida baseado no Mal, nas Trevas e no Atraso.
Por estes dias, por exemplo – ao tempo que, nos Estados Unidos, como se fosse uma espécie de Arquiduque das profundezas, Donald Trump tripudia da Justiça e, sob o olhar ensimesmado dos abduzidos e complacência da sociedade, se lança candidato para mais um mandato presidencial -, na Europa, a extrema-direita anuncia a realização de um convescote de pequenos e grandes demônios para discutir uma estratégia para dominar o mundo.
Com efeito, em anúncio pelas redes sociais, o neonazista português André Ventura comunicou a presença do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e do vice primeiro-ministro italiano, Matteo Slavini na ‘grande cimeira mundial da direita’ que será realizada em Lisboa, nos dias 13 e 14 de Maio de 2023.
Os sinais estão dados.
Os demônios estão se organizando para destruir o mundo desejado pelos partidários da paz e do amor. Talvez seja hora de contê-los e devolvê-los para os infernos dos que quais nunca deveriam ter saído.
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