Embora a tradição aponte exceções e, conforme diz a madre superiora, o arrependimento é sempre possível, o velho adágio ‘uma vez canalha, sempre canalha’ vem sendo permanentemente confirmado pela turma do Capetão.
Agora, por exemplo, atuando em âmbitos políticos e esferas administrativas diferentes, os bolsonaristas estão aproveitando a distração proporcionada pela Copa do Mundo para seguir os ensinamentos de Ricardo Salles e fazer a ‘boiada passar’.
Algumas delas [algumas das boiadas] são escandalosas.
No Paraná, o governador Ratinho Jr. está aproveitando o clima de fim de mandato e de euforia futebolística para privatizar a Companhia Paranaense de Energia (COPEL) – depois do anúncio feito em 21 de novembro de 2022, o governo do Rato passou o rolo compressor na Assembleia Legislativa do Paraná e, em regime de urgência, com apenas 13 votos contrários, aprovou a privatização da companhia.
Seguindo a mesma vibe, ontem, durante o jogo do Brasil contra a Suíça – não se sabe se por vingança, por incompetência ou por descompasso financeiro – o governo Bolsonaro bloqueou recursos orçamentários destinados às universidades e institutos federais, inviabilizando o funcionamento de alguns deles neste final de ano.
Estes dois casos não são únicos e, na realidade, servem como exemplos da bagaceira que, sob os auspícios da turma do Capetão, vem acontecendo no País nestes dias de anestesia e, de alguma forma, reforçam a crença em que ‘uma vez canalha, sempre canalha’.