Outro dia – por ocasião da apresentação do projeto de criação de um órgão federal de apoio às defesas civis estaduais e municipais pelo engenheiro Francis Bogossian, presidente da Academia Nacional de Engenharia, no auditório do CREA-PE -, comentei sobre os temporais, enchentes e estiagens que causam grandes comoções sociais.
Naquele momento, talvez por confiar no Corpo de Bombeiros ou por [eu] já ser um ácido crítico da falta de empenho do poder público na oferta de assistência técnica às famílias (especialmente, as pobres e miseráveis), não me veio à cabeça falar sobre outras calamidades, como, por exemplo, os incêndios.
Acontece que os incêndios ocorrem e as cidades precisam estar aparelhadas para combatê-los.
Este assunto chamou a minha atenção hoje, quando meu velho e querido amigo José Luiz Nascimento mostrou aquilo que deveria ser um hidrante.
Acredite que, segundo ele, há mais de ano, o equipamento está destruído sem que as autoridades tomem qualquer providência para restaurar sua funcionalidade.
E se, diante de um incêndio, os bombeiros precisarem usar a água que deveria estar à sua disposição naquele ponto? De quem seria a culpa pela irresponsabilidade?
Se quiser reduzir a resistência dos cidadãos às taxas e impostos que cobra, o poder público precisa demonstrar alguma eficiência ou, pelo menos, alguma responsabilidade nas áreas das quais devem se ocupar.
Embora não reflita a confiança que a sociedade tem no Corpo de Bombeiros, um hidrante ‘deitado’ é sinônimo de descaso e de desleixo.
Espero que o tal hidrante seja restaurado ou, se não for necessário, [que seja] removido, pois não é certa a forma como ele está.