Viva o Dia Nacional do Escritor!!!
Um velho adágio popular afirma que ‘todas as pessoas têm um pouco de cientista e de artista’.
Considerando faz ciência todo aquele que tenta explicar o mundo e aquilo que nele contido (ou ocorrido) e, por sua vez, faz arte todo aquele que descreve e altera o mundo e os sonhos, em diversos graus de profundidade e de competência, todas as pessoas são cientistas e artistas.
Esta constatação estabelece duas ordens de apreciação sobre elas [as pessoas], cujo comportamento costuma destacar (ou não) pendores associados às ciências e às artes.
Naturalmente, da mesma forma que os cientistas fazem ciência com níveis distintos de complexidade, os artistas fazem arte com níveis distintos estilo, graça e beleza.
Aliás, em gesto que carrega um quê de injustiça, de modo geral, a sociedade despreza a arte produzida pelas pessoas comuns e, concentrando atenção nas manifestações de Estética mais refinada, só reconhece a arte produzida por alguns, a quem coloca no patamar reservado aos ‘artistas’.
De qualquer modo, cada um faz arte ao seu modo e muitos o fazem através das Palavras escritas.
Estes são os escritores – os artistas que, usando as Letras como instrumento da arte, mostram o mundo e os sonhos em textos desfrutados pelos leitores – seres essenciais para significar a obra do Escritor.
Aliás, nunca é demais registrar que, para ser considerada obra de Arte, o texto precisa ser desfrutado pelo Leitor.
De fato, a condição artística de um texto só é alcançada no ato da leitura – momento mágico que dá vida ao texto.
Do ponto de vista objetivo, até o momento da leitura, o texto não existe.
Nesta perspectiva, por mais expressivo que possa ser, um texto nunca lido não pode ser considerado uma obra de arte. Um escritor não correspondido pela atenção de um leitor, não alcança o patamar reservado aos artistas.
Assim, Escritor, Texto e Leitor formam o tripé básico e interdependente que compõe e sustenta a arte literária.
Vista por este prisma, a Literatura é uma espécie de poliedro cujas faces são ocupadas pelos autores, pelos textos e pelos leitores, produzindo uma dinâmica complexa de pura arte.
No Brasil, o 25 de julho é o Dia Nacional do Escritor – o dia consagrado aos artistas que esparramam a sua arte em textos através de Letras, dando base a uma das pernas do tripé que compõem a Literatura e ocupando a face mais festejada do poliedro mágico das Palavras.
Por toda importância que tem na vida do Escritor, de alguma forma, o dia 25 de julho também deve homenagear o Leitor.
VIVA O ESCRITOR!!!
VIVA O LEITOR!!!
VIVA A LITERATURA!!!
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