Um dia, em pronunciamento ao gado que o venerava na saída do Palácio da Alvorada, soltando mais uma das pérolas que o inscreveu no rol dos homens públicos mais ignorantes da história do País, Jair Bolsonaro afirmou que a melhor forma de proteger a natureza é disciplinar a peristalse, ajustando-a ciclos de 48 horas.
Pela intensa frequência como fazem besteira, no entanto, os seus seguidores não obedeceram ao quadrúpede.
Com efeito, todo dia surge uma porcaria nova daquela turma – semana passada foi a explosão do homem-bomba em Brasília, no dia seguinte, foi a descoberta de mensagens golpistas que o TC Mauro Cid pensou ter deletado no celular, depois foi o incêndio criminoso para queima-de-arquivo em Rio do Sul. Todo dia alguma coisa nova vem a público.
Hoje, a sociedade brasileira ficou estarrecida com novo escândalo golpista. Logo cedo, devidamente autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, culminando um inquérito que investigou planejamento de um golpe de Estado ‘para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário’, a Polícia Federal realizou uma operação contra a organização criminosa golpista que se reuniu na casa do general Braga Netto (ex-ministro da Defesa, que ocupou a posição de vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro), em 12 de novembro de 2022, para detalhar o plano ‘Punhal Verde e Amarelo’ a ser implementado em operação quase simultânea com a explosão do caminhão no aeroporto de Brasília (na véspera do Natal, lembra?), para assassinar, além do presidente Lula da Silva, o vice presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Na ação contra os golpistas, a Polícia Federal prendeu o general-de-brigada (da reserva) Mario Fernandes (que, no tempo de Bolsonaro, era o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência e, depois, assessor do general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello), os kid-pretos (forças especiais do Exército) tenente-coronel Helio Ferreira Lima, major Rodrigo Bezerra Azevedo e major Rafael Martins de Oliveira e, ainda, o policial federal Wladimir Matos Soares.
O cerco está se fechando. Para poupar tempo, a Polícia Federal poderia prender logo o quadrúpede.
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