Junto com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender temporariamente o funcionamento do aplicativo Telegram no Brasil por conta do seu desrespeito às leis do País, eu resolvi removê-lo [o aplicativo Telegram] do meu telefone.
Já devia ter feito isto há mais tempo.
Não porque me considere influenciável ou permeável às mensagens de ódio e fakenews que nele circulam com mais facilidade. Também não foi por conta da permissividade (e, mesmo, simpatia) como o Telegram trata os grupos nazistas e assemelhados nele abrigados.
Afinal de contas, desde que cumpram regras de convivência, termos de conduta e aquilo estabelecido na lei, uma empresa não pode ‘escolher clientes’ (uma padaria, por exemplo, independentemente dos eventuais preconceitos e preferências do seu dono, não pode escolher a quem vender pão).
Deixei o Telegram (e recomendo que todos façam o mesmo) por conta, não só dos ataques feitos por ele ao PL das Fake News (atitude que, por si só, justifica a adoção de uma lei contra a manipulação da opinião pública), mas, sobretudo, [por conta] da sua ousadia em desafiar as leis e as autoridades do País.
Por maior e mais importante que seja, uma empresa não é maior e mais importante do que a soberania e a dimensão política do país no qual atua.
Embora, especialmente no período iniciado com o golpe de 2016 e encerrado no começo de 2023, o governo tenha tentado rebaixa-lo à condição de republiqueta de bananas, o Brasil não é a casa-de-mãe-Joana.
Que todos os brasileiros saibam a real dimensão do Brasil e das suas responsabilidades de cidadão, rejeitando de pronto qualquer tentativa de ingerência de empresas privadas nos assuntos de interesse do País.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br
Conheça o Canal Arte Agora
www.youtube.com/c/ArteAgora