Hoje é feriado no Brasil. O Dia de Tiradentes. O dia que marca da execução do alferes Joaquim José da Silva Xavier em 1782.
É feriado porque o Povo brasileiro precisa lembrar heróis como Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Frei Caneca e tantos que dedicaram a vida à luta por sonhos que, hoje, compõem o imaginário de cidadania da Nação.
No caso de Tiradentes, a luta foi contra a tirania do domínio português, traduzido pela cobrança de elevados impostos para ajudar a manter a coroa de Dona Maria, em Portugal.
Com efeito, inconformados com ausência de retorno em contraprestação à elevada carga tributária cobrada pela metrópole, Tiradentes e um grupo de companheiros se rebelaram contra a notícia da ‘Derrama’ – uma operação fiscal para cobrar impostos atrasados, cujo montante calculado sobre o chamado ‘quinto’ (20% sobre a quantidade de ouro extraído anualmente) alcançava valores estratosféricos – e deram início à ‘Conjuração Mineira’, que, se tivesse dado certo, poderia ter libertado o Brasil da condição de colônia de Portugal.
Acontece que, em função da traição de um tal Joaquim Silvério dos Reis, a conspiração foi desbaratada e, bem ao estilo da opressão própria da época, os colonizadores portugueses esmagaram a Inconfidência Mineira e Tiradentes foi preso, julgado e enforcado publicamente.
Como forma de intimidação a quaisquer outros sonhos de liberdade, o corpo de Tiradentes foi esquartejado em quatro partes que foram espalhadas pelo chamado ‘Caminho novo’ entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Vale dizer que, depois de três dias fincada num poste na praça principal de Vila Rica, a cabeça de Tiradentes foi ‘roubada’ e, na condição de relíquia, deve ter estimulado muitos sentimentos de brasilidade em busca da liberdade do colonizador opressor.
Ao tempo que, nos dias correntes, a contrapartida advinda dos impostos explica a ausência de conspirações baseadas na elevada carga tributária (que hoje é mais do que uma vez e meia do ‘quinto’ que provocou à Conjuração Mineira), a permanente exigência dos sentimentos de brasilidade, de nacionalismo e de patriotismo deixados por heróis como Tiradentes para a consolidação de um País soberano, próspero e justo torna repulsivo o colaboracionismo de gente como Joaquim Silvério dos Reis, Eduardo Bolsonaro, Tarcisio de Freitas e tantos outros que animam o Bolsonarismo entreguista.
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