A despeito daquilo que, com base em informações técnicas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) vem dizendo, o apagão – que, no início da madrugada de ontem, escureceu Estado de todas as regiões do País – começou em 14 de junho de 2022, quando a Eletrobrás foi privatizada.
Naquele momento – marco histórico de uma grande irresponsabilidade (para não dizer coisa mais dura e, talvez, mais apropriada) da cepa de uns tais Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e Adolfo Sachsida -, começaram a germinar problemas de todas as naturezas, contaminando todo o setor elétrico do Brasil e que, em maior ou menor dimensão, agora brotam e se espalham, causando grandes prejuízos para as pessoas.
Escamoteando a causa principal, mas cumprindo as suas obrigações legais, prontamente, a ANEEL instaurou ‘os processos de fiscalização para investigar as causas e determinar a responsabilidade pela interrupção do fornecimento de energia elétrica no Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Sistema Interligado Nacional (SIN)’.
Sem atinar para as razões primárias, os técnicos dizem que ‘o incidente foi causado por um incêndio na subestação de Bateias, localizada a cerca de 30 quilômetros de Curitiba (PR), quando o fogo atingiu um reator, provocando o desligamento da subestação de 500 kV e interrompendo a interligação entre os subsistemas do Sul e do Sudeste/Centro-Oeste, com a perda imediata de aproximadamente 10 mil megawatts (MW) de carga’ (em apenas dois minutos, o consumo nacional de energia caiu de 78,2 mil MW para 68,7 mil MW).
Avocando um poder fora da sua alçada, pois não tem a capacidade de reverter o fato gerador do problema, a ANEEL diz que, cumpridas as formalidades e garantido o ‘direito de defesa’, os responsáveis pelo apagão serão punidos exemplarmente. Sei não, viu?
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