A exemplo do noticiário divulgado pela Direita, Jair Bolsonaro é um ser de baixíssima credibilidade e só tem existência pública em função do alto grau de alienação do seu pessoal.
Na realidade, desde que foi condenado à inelegibilidade, teve o passaporte apreendido e passou a ser discretamente acompanhado pela Polícia Federal (PF), do ponto de vista politico, Jair Bolsonaro se converteu numa espécie de morto-vivo cuja sobrevida é usada pela Direita para alimentar o discurso da ‘gadaiada’ e [usada] pela Esquerda para retardar o surgimento de um novo líder daquelas bandas.
Neste processo, já sabendo o desfecho, aproveitando a oportunidade criada pela posse de Donald Trump, em vã tentativa de fugir do País, Jair Bolsonaro pediu a liberação do seu passaporte sob a alegação de ter sido convidado para a solenidade (um reles e-mail dirigido a gato-e-cachorro pela empresa que cuida das festas organizadas pela turma de Trump).
Para quem não lembra, o passaporte de Jair Bolsonaro foi recolhido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024 no curso da chamada Operação Tempus Veritatis e pouco depois, achando que seria preso, ele fugiu para a Hungria, tendo se refugiado na embaixada em Brasília por dois dias ‘até a situação se acalmar’.
Na sequência – cada vez mais implicado em processos que variam desde o contrabando, prevaricação e peculato, até abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e genocídio, passando por falsificação de documentos públicos, estelionato, corrupção e mais um montão de crimes -, por três vezes Jair Bolsonaro pediu e teve negada a devolução do seu passaporte.
Agora, quando já ouve o tique-taque da contagem regressiva do momento da sua prisão, tenta recobrar o passaporte para viajar para os Estados Unidos, de onde poderia fugir com facilidade para qualquer lugar do mundo.
Não acredito que o ministro Alexandre de Moraes vá cair na nova lorota e, pelo andar da carruagem, Bolsonaro já deve ter mapeado a localização das embaixadas de países dominados pela extrema-direita e contactado com a empresa que organizou a fuga de PC Farias.
De qualquer forma, do ponto de vista concreto, está muito claro que, hoje, nos termos da lei brasileira, Jair Bolsonaro é inelegível e inviajável e, amanhã, será hóspede do Estado, em alguma penitenciária do País.
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