Pelo visto, a não ser o presidente em exercício (e os vira-latas de sempre), por razões peculiares a cada um dos queixosos, ninguém gosta da Casa Branca.
Agora é a vez da ex-vice-presidente Kamala Harris falar das suas mágoas.
De fato, no livro recém publicado ‘107 Days’, Kamala Harris relembra o curto período no qual esteve em campanha na disputa contra Donald Trump e, em meio a uma espécie de ‘mea culpa’, [ela] reclama daquilo que chamou de ‘ falta de apoio da Casa Branca’. Ainda não li o livro (e, sinceramente, não tenho vontade de conhecer as lamentações da Kamela), mas, pelos comentários, a ex-vice-presidente insinua que a insistência de Joe Biden disputar a reeleição foi imprudente – um gesto que, como consequência, a teria levado a ‘ser jogada aos leões’ numa campanha curta e cheia de dificuldades. Além de [queixar-se de] Joe Biden, Kamala Harris também se queixa de Donald Trump, o qual, no seu dizer, “confunde adversários, dentro e fora dos Estados Unidos”.
O fato é simples: por tudo que fez, faz e fará ao longo dos tempos, por toda a parte (inclusive dentro dos Estados Unidos), a Casa Branca perturba a paz de todos – democratas, republicanos, pretos, pobres, imigrantes, comerciantes, industriais, empregados, desempregados, funcionários públicos, importadores, exportadores, russos, venezuelanos, cubanos, chineses, brasileiros, europeus, sulamericanos, africanos, árabes, palestinos, mexicanos, canadenses, groenlandeses, panamenhos e vai por aí.
Observadores experimentados dizem que, um dia, todos terão motivos para não gostar da Casa Branca. Eu acredito.
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