Uma vez ladrão, sempre ladrão. Uma vez malandro, sempre malandro. Uma vez esperto, sempre esperto.
Tem gente que habitou-se a viver em permanente regime de ‘sombra e água fresca’ às custas do Estado, desfrutando subsídios e tratamento especial e, sem qualquer recato, faz de tudo para não perder a mamata.
Na realidade, ao que parece, a principal atividade econômica deste pessoal é a prospecção e o desfrute de recursos fáceis.
Imagine que, agora, não satisfeitos com a dinheirama vinda na esteira dos baixíssimos juros dos Planos Safra, destacados representantes do agronegócio estão decididos a saquear os cofres do Banco do Brasil.
Com efeito, abrigados numa tal Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio (ABDAGRO), alegando a prática de ‘venda casada ao conceder crédito rural’, os aproveitadores (que costumam encher o peito para se dizerem ‘produtores rurais’) estão movendo uma ação civil pública através da qual esperam receber do Banco do Brasil a bagatela de R$ 841 bilhões a título de ‘danos morais, coletivos e sociais’.
Um escândalo!!!
Vale destacar que uma grande parte das receitas do agronegócio decorre de batalhas jurídicas em torno de questões tributárias – neste campo, o dinheiro entra mais fácil, pois dispensa a produção de qualquer bem agrícola.
Como de costume, apesar de combater os movimentos sociais, chegando a classificá-los como ‘grupos terroristas’, em nome da ‘liberdade econômica’ por eles defendida, os tais produtores rurais são defensores radicais do Estado mínimo e, sob a alegação de zelar a meritocracia, repudiam qualquer política pública que defenda teses como combate à miséria, combate à fome, combate ao desemprego e coisas assim.
Homens de Deus e da família, estes produtores rurais são simpatizantes da extrema direita, alinhados com o bolsonarismo e só admitem a intervenção do Estado se for em favor deles próprios.
No quesito honestidade intelectual, qualquer menina do Bataclã é mais séria do que este pessoal.
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