Será aprovada, por estes dias, a PEC 45 que institui a reforma tributária proposta pelo governo Lula. Não deve ser a melhor das reformas.
Tanto é assim que, além dos economistas tucanos, depois de alguma relutância, o governador bolsonarista de São Paulo Tarcisio de Freitas anunciou apoio a ela [à reforma]. Estas adesões têm um significado (e não é bom).
Registro, no entanto, que, certa vez, decepcionado com os ‘rumos conservadores’ que o governo Lula vinha tomando, juntamente com a banda solidarista do extinto PSN, resolvi fazer oposição e aderi ao grupo que organizava o PSOL (do qual sou fundador). Anos mais tarde, mesmo mantendo o orgulho de ter ajudado a criação do PSOL, me arrependi da oposição feita a Lula, pois, de alguma forma, aquele gesto ajudou a fortalecer a Direita, contribuindo para o golpe de 2016 e suas consequências (governos Temer e Bolsonaro e todos os recuos que o Brasil experimentou nestes seis últimos anos). Prometi, então, reconhecer que Lula vê as coisas muito mais longe do que as demais pessoas e [prometi] nunca mais fazer oposição a ele.
Assim, mesmo sabendo que esta reforma tributária não é aquela que o Brasil precisa (mas é a possível neste momento), ofereço o meu apoio a ela.
De qualquer forma, registro a minha esperança de que, um dia, quaisquer que sejam eles – IS, IPI, IPVA, IPTU, ICMS, ISS, IRPF, IOF, CIDE, ITBI, ITCMD, IRPJ e FDR – os impostos sejam cobrados daqueles que possam pagar e custeiem projetos para aqueles que mais precisam.
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