O resultado das eleições prévias realizadas na Argentina, neste último fim de semana, se soma a recentes episódios – especialmente ocorridos nos Estados Unidos, Brasil, Ucrânia, Itália, Espanha e outros países – e insinua que, infelizmente, a Humanidade corre o risco de cair na barbárie e retroceder a estágios pré-históricos.
Com efeito, a preferência manifestada por 30% do eleitorado da Argentina pela candidatura presidencial do deputado Javier Milei não pode ser interpretada como uma ‘preferência eleitoral’.
Na realidade ao dizer que quer ver o seu país ser presidido por alguém que defende propostas como a dolarização da economia, o abandono da educação pública, a privatização de estatais, o fechamento do Banco Central, a liberação das armas, a venda de órgãos e outras iniquidades, parte significativa do povo argentino proclama completo despreparo político.
De fato, não parece crível que uma pessoa normal, especialmente se for pobre, defenda a entrega do país a um louco liberal. Aliás, vale dizer que, sem dizer exatamente quem é quem, Milei explicou a vitória alcançada no domingo com a frase “Não vim guiar cordeiros, vim despertar leões”. No fundo, acho que, por razões que a sociologia política e os publicitários devem saber explicar, os cordeiros que compõem o eleitorado do neofascista Javier Milei devem achar que são os leões por ele falado.
Espero que o bom senso prevaleça e, por ocasião do primeiro turno das eleições na Argentina, programadas para o dia 22 de outubro, o eleitorado consagre a União pela Pátria, que apresenta a candidatura do humanista. Sérgio Massa.
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