Por estes dias, em fenômeno bissexto, que se renova a cada campanha eleitoral, voltamos a testemunhar a conversão de muitos – desinteressados, personalistas, desonestos, apáticos e todos os tipos de espertalhões oportunistas – a causas coletivas.
De repente preocupados com o bem-estar das pessoas, eles retornaram aos locais que os elegeram no último pleito, renovando promessas e juras de amor, apertando mãos, beijando crianças, distribuindo simpatias e tudo o mais necessário para conquistar votos. Agem como se não tivesse havido o ontem, como se, por ações e omissões, não fossem co-autores da realidade que aflige as pessoas.
Imagine que agora, surpreendentemente preocupado com a carestia que vem fustigando os brasileiros há tempos, o Centrão (logo o Centrão, pasme!) resolveu exigir do ministério da Economia ‘uma solução para a inflação até a próxima semana’. É muita hipocrisia.
Ao contrário das ‘pessoas comuns’ – pessoas que, por serem mal (e mau) informadas, são facilmente iludidas e manipuladas -, os golpistas, omissos e coniventes com o modelo implantado com o golpe de 2016 não podem alegar surpresa com a desgraça circundante. Este pessoal sabe que uma simples canetada de quem gerou o problema não será capaz de resolver o caos no qual o Brasil está imerso.
A solução dos problemas que tornaram a vida dos brasileiros um inferno passa pelo completo redirecionamento da política econômica e social de volta a um regime preocupado com o crescimento econômico e com o desenvolvimento social do País. Passa pela mudança de governo.
Que venham as eleições!!!