Jair Bolsonaro está sempre fazendo alguma coisa de mal para o País e para seu Povo. Algumas são de efeito imediato e facilmente perceptíveis. Outras (a maioria), no entanto, têm efeito retardado e só são percebidas no futuro.
Neste momento, por exemplo, estamos colhendo os frutos de uma semente do mal plantada lá atrás, em novembro de 2020, quando, em franca tentativa de se imiscuir no Poder Judiciário, o presidente Bolsonaro indicou um ‘pau-mandado’ para suceder o ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal. Com efeito, a presença de Kássio Nunes Marques no STF tem sido marcada por facciosidade incompatível com a função que exerce na Justiça brasileira.
Semana passada, na 5ª feira, dia 02/06/2022, com o objetivo de agradar o presidente Bolsonaro, o ministro Nunes Marques (ou Kássio com K, como preferem alguns) resolveu agir e, com duas penadas ‘legalizou’ o uso das Fakenews (como quer Bolsonaro) e [legalizou] o abuso do poder econômico [como quer a turma do Capetão] no processo eleitoral. Foram gestos escandalosos.
Em decisões monocráticas, Nunes Marques derrubou decisões do TSE, restituindo o mandato do deputado estadual pelo Paraná Fernando Francischini (cassado por distribuir mentiras sobre as urnas eletrônicas no dia da eleição de 2018) e suspendendo a cassação e inelegibilidade do deputado federal Valdevan Noventa (condenado por abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2018).
Ou seja, na cabeça do ministro indicado por Bolsonaro, tanto inventar e disseminar mentiras, como comprar votos não são crimes eleitorais.
Se depender de Bolsonaro e da turma do Capetão (na qual se incluem os ministros por ele indicado para as cortes superiores), a Democracia será assassinada brevemente.
Ainda bem que, para não ser completamente desmoralizado, o STF já sinalizou que vai desmoralizar Nunes Marques, reformando as suas decisões.
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