Ontem – mantendo a arrogância e, embora acuado pela opinião pública, saboreando o sabor de sangue de cada uma das palavras que dizia -, o secretário de segurança de São Paulo Guilherme Derrite divulgou o balanço da chamada Operação Escudo referente ao período desde o início do mês até o dia 31 de agosto de 2023.
Na nota, depois de afirmar que São Paulo tem “um governador que prioriza o combate à criminalidade”, o secretário apresentou dados referentes à operação policial realizada na Baixada Santista, em vingança pela morte do soldado Rota Patrick Bastos Reis na Vila Julia, no Guarujá.
As informações prestadas pelo Derrite são interessantes e, omitindo a motivação original, associando-a [a operação] ao ‘combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado’, anunciou a prisão de 728 pessoas perigosas (inclusive 280 procuradas pela justiça), a apreensão de 46 adolescentes criminosos, de 93 armas ilegais e de 929,7 kg de drogas.
Como outros apresentados pela turma de Tarcisio de Freitas, o relatório Derrite é capenga, pois omite informações sobre as sessões de tortura e a mortes decorrentes da ação.
Aliás, depois de o material escolar paulista falar da existência de praias na capital São Paulo e atribuir ao Imperador Dom Pedro a assinatura da Lei Áurea, qualquer coisa vinda do governo Tarcisio de Freitas deve ser vista com muitas desconfianças.
De qualquer forma, seria muito bom se, no próximo relatório sobre ações de segurança, o governo de São Paulo falasse sobre a criação de postos de trabalho e de vagas no sistema público de ensino.
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