Por egoísmo, preconceito e, também, como parte do complexo de vira-latas e das síndromes de Estocolmo e Nova York que animam o seu pensamento e o seu comportamento, as elites conservadoras e reacionárias não suportam o modelo político e econômico adotado pelo presidente Lula – especialmente naquilo que diz respeito à mobilidade social e à forma altiva como ele se porta no cenário internacional – e, já há tempos, ao tempo que, [as elites] cuidam de atrapalhar ao máximo e de rezar pelo fim do seu governo, procuram alguém disposto a dar marcha-ré nos avanços alcançados (para sucedê-lo na presidência da república).
De fato, nos planos das elites conservadoras e reacionárias não passa a ideia de Lula renovar o mandato em 2026 e dar ao Brasil mais quatro anos de governo preocupado com o crescimento econômico, com o fortalecimento da soberania nacional e com o aumento das condições de bem-estar da população.
Com a total inadequação social de Jair Bolsonaro (que sequer sabe sentar à mesa e usar os talheres certos), elas [as elites] elegeram o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas como o seu ‘queridinho’.
Esta preferência se revela em pensamentos, palavras e gestos, conforme se verifica na postura da grande mídia – sobre a qual, por relações de propriedade ou de contrato comercial, as elites dão as cartas.
Esta é a razão de a mídia corporativa desdenhar ou minimizar os grandes feitos do governo. Só nesta semana, com pouco ou nenhum destaque na imprensa, soube-se através de relatórios pouco divulgados que o Brasil subiu cinco posições no ranking do IDH da ONU, que a Petrobras reduziu o preço do diesel em 4,7%, que a renda domiciliar dos brasileiros cresceu 4,7% (recorde atingido em 2024), que os programas sociais foram expandidos atingindo R$ 2.020 por pessoa, que a desigualdade de renda caiu para o menor nível da história, que a indústria automotiva brasileira fabricou 228,2 mil veículos em abril, registrando crescimento de 20,1% em comparação com março e avanço de 2,8% em relação ao mesmo mês de 2024.
Esta é a razão de a mídia corporativa tentar responsabilizar o governo Lula por mazelas decorrentes de outros governos. Veja o caso da fraude no INSS, um escândalo construído a partir de 2019, que teve Jair Bolsonaro como grande impulsionador (ao ponto de, em 2022, ter sancionado sem vetos a lei que retirou o controle mais rígido sobre os descontos aplicados aos benefícios do INSS).
Esta é a razão de a mídia corporativa apresentar como negativo alguns dos seus pontos positivos. É no mínimo irresponsável a forma como a mídia corporativa tratou a viagem de Lula à Rússia. Imagine que, ao invés de louvar a visita de Lula a Moscou – para, juntamente com outros 28 chefes de Estado, incluindo o presidente da China Xi Jin Ping, participar das comemorações do 80° aniversário do Dia da Vitória (o episódio no qual, pondo fim à II Guerra Mundial, as tropas do Exército Vermelho derrotaram o Nazismo e entraram em Berlin) -, a grande imprensa ‘caiu de pau’ [em Lula] dizendo que seu encontro com Vladimir Putin comprometia a posição diplomática do País.
Ridículo!!! Pelo visto, para as elites conservadores e reacionárias, festejar a derrota do Nazismo e, de quebra, ter encontros com importantes chefes de Estado, ‘compromete a posição diplomática do Brasil’.
Fico pensando o que falaria esta mídia ‘marronzista’ (como diria Odorico Paraguaçu) se, como regularmente faz o governo dos Estados Unidos, o governo Lula praticasse crescentes déficits comerciais, orçamentários e fiscais. Será que aceitaria a situação com o silêncio que dedica à criminosa política de juros praticada pelo Banco Central?
Na realidade, por razões que a fazem ser o que são, as elites conservadoras e reacionárias não conseguem conviver com aquilo que faz bem ao Povo.
É uma questão de opção.
Da minha parte, a ser bombardeado por mentiras e meia-verdades, prefiro desligar a televisão, desligar o rádio, não ler jornais e deixar que o Canal Arte Agora me faça a cabeça.
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