Seguindo o impulso decorrente de um sentimento que mistura dificuldade de compreensão e interpretação da realidade com variadas intensidades do complexo de vira-latas, síndrome de Estocolmo, masoquismo, medo, subserviência e má-fé, buscando justificativa na globalização recomendada pelo neoliberalismo, a banda conservadora do espectro politico brasileiro é super-entreguista e, pouco se lixando para a desnacionalização da economia (inclusive de setores estratégicos), recomenda a desestatização em momentos de grande dificuldade para o empresariado brasileiro.
Neste embalo, grandes empresas que, um dia, pertenceram ao capital nacional (público ou privado) passaram às mãos de estrangeiros (inclusive para estatais de outros países).
Vale registrar que, em seus países de origem, as coisas não acontecem exatamente como os gringos recomendam (e exigem) aos seus vassalos.
Agora, por exemplo, na 6ª feira, 03 de janeiro de 2025, em mais um episódio que retrata o ‘faça-o-que-eu-digo, mas-não-faça-o-que-eu-faço’, o governo dos Estados Unidos bloqueou a aquisição da US Steel Corporation, uma empresa considerada estratégica para a economia norte-americana, pelo conglomerado japonês Nippon Steel Corporation (NSC), travando um negócio de US$ 14,9 bilhões.
O argumento apresentado pelo governo norte-americano foi muito claro, pois a US Steel Corporation é uma empresa estratégica para a segurança nacional.
Conforme esperado de lacaios, nenhuma das costumeiras vozes que defendem o Estado mínimo no Brasil se ergueu para condenar a decisão da Casa Branca.
Imagino o alarido que fariam se, alegando razões semelhantes, o governo brasileiro iniciasse providências com vistas a reestatização da Eletrobras.
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