Já há muito tempo, os seguimentos mais bem informados sabem que, sob a orientação de gente da laia de Paulo Guedes, o governo de Jair Bolsonaro foi ‘o mais corrupto da história do Brasil’.
Não me refiro ao roubo pequenos – como surrupiar móveis ou matar carpas imperiais para açambarcar moedas lançadas pelos turistas no lago do Palácio da Alvorada – ou à extorsão de propinas miúdas ou, mesmo, cobrança de rachadinhas.
Me refiro a roubo grande, envolvendo bilhões e bilhões de dólares.
O esplendor da roubalheira ocorrida no Brasil sob o beneplácito e cumplicidade de Jair Bolsonaro e orientação especializada de Paulo Guedes só será plenamente conhecido com o aprofundamento das investigações (quiçá por uma Comissão Parlamentar de Inquérito) no criminoso programa de desestatização por eles coordenado.
Não se fala de pequenas ‘bolas’ e mimos recebidos por Paulo Guedes e sua turma.
Os desvios ocorridos na desestatização das principais empresas públicas brasileiras alcançaram a casa das dezenas de bilhões de dólares.
Aliás, é notável a desenvoltura como Paulo Guedes vem conseguindo escapar das merecidas acusações de corrupção.
Na realidade, indicando costas-super-largas ou uso de parte da fortuna advinda da corrupção para domar canais capazes de constituir algum embaraço, nem as igualmente merecidas acusações de cumplicidade no genocídio provocado pela pandemia de coronavírus atingiram Paulo Guedes.
Aliás, esperto como o mais esperto dos batedores-de-carteira, Paulo Guedes está contando com o biombo criado pelo vendaval em torno dos crimes políticos cometidos por Bolsonaro (e que o levarão à cadeia) para desviar a atenção dos desvios financeiros ocorridos no programa de desestatização.
Não se incomode, senhor Paulo Guedes. Fique certo que o povo brasileiro não vai deixar a roubalheira da desestabilização cair no esquecimento. Aguarde que sua vez chegará.
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