Mesmo que não queira, o homem se depara permanentemente com Causas (de todos os tipos) e, se quiser ter existência edificante, deve dedicar-lhes atenção, segundo, claro, suas próprias aptidões, disponibilidades e preferências.
Isto não é fácil.
Por razões diversas, muitos preferem ‘terceirizar’ esta questão, possibilitando o surgimento de líderes (cuja ação conta evidentemente com a ‘concordância’ direta ou indireta dos omissos) e, naturalmente, facilitando as manipulações (inclusive a sua própria).
Mas, este é um outro assunto.
Presentemente vamos focar atenção nas Causas em si. Algumas [das Causas] são de natureza pessoal e localizada, dizendo respeito a assuntos que afetam os indivíduos imediata e diretamente.
É o caso, por exemplo, da renda decente, sem a qual, num ambiente mercantil, as pessoas ficam privadas do acesso à bens materiais necessários à vida (casa, comida, roupa, itens de higiene, etc.).
Outras Causas, no entanto, têm natureza geral e atingem a todos indistintamente.
É o caso das guerras, da fome, das migrações, das mudanças climáticas, da concentração de renda, da disseminação da pobreza, da unção da ignorância à condição de elemento central do mecanismo de controle social, das pandemias, ocorreu recentemente com o coronavírus, e muitas outras.
Vale destacar que, apesar do caráter geral destas Causas, nem todos percebem seus vínculos universais e, por descaso ou por outra razão qualquer, mais cedo ou mais tarde – como acontece com milionários convertidos em isca ou alvo de ações famélicas ou com aqueles que se infectaram por negar os avanços científicos no combate à pandemia – terminam por sofrer as suas consequências.
Na realidade, sujeitas ao jogo do poder, que é afetado pela lente do Egoísmo, as Causas costumam ser associadas a opções politicas ou ideológicas e muitas delas se perdem no emaranhado de questões menores, saindo do rol das prioridades da Humanidade.
Seja como for, se quiser preservar seu próprio futuro, a Humanidade precisa excluir algumas Causas gerais das disputas menores, considerando-as vitais e tornar o seu enfrentamento uma questão prioritária.
Nesta perspectiva, talvez como primeiro passo para garantir-lhe um futuro, a Humanidade precisa definir as Causas Vitais e deixá-las fora das disputas.
Das Causas gerais, algumas têm a potencialidade de evoluir para catástrofes globais. Seria, então, o caso de perguntar, por exemplo, se, como parece, a solução da questão palestina é uma Causa vital para a Humanidade.
Se assim o for, talvez seja hora de a Humanidade eleger a questão palestina como Causa Vital e, independentemente da vontade do governo de Benjamin Netanyahu, tratar de dar guarida ao bom-senso e criar o Estado tão desejado pelo povo palestino.
Viva o bom-senso!!! A Palestina é uma Causa Vital!
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