Como todas as outras, as Olimpíadas de Paris são cercadas por muitos mistérios e esquisitices, a começar pela presença da equipe de Israel – que representa país praticante de crimes tão ou mais graves do que aqueles atribuídos a Rússia e que justificaram a sua ausência.
Aliás, a não-exclusão da delegação de israel constitui inequívoca prova da cumplicidade da cúpula olímpica com o genocídio praticado pelas tropas de Benjamin Netanyahu contra a população palestina.
Embora tenha motivação política, na prática, considerando o quadro de medalhas da Olimpíada, a ausência da delegação russa salvou os norte-americanos de uma grande vergonha mundial, pois, na ausência dos superatletas russos, os Estados Unidos só estão superados pela China (e não pelas arquirrivais China e Rússia).
Vale dizer que, nestes tempos de ressurreição da guerra fria, somando ao clima geral de disputa estimulado pelas competições, os Estados Unidos também travam uma outra corrida – uma corrida contra a China e, diga-se de passagem, estão perdendo, pois têm menor número de medalhas de ouro, restando-lhe a ‘segunda’ posição do ranking.
Considerando este aspecto, a ausência da Rússia foi muito conveniente para a política externa da Casa Branca, pois livrou os Estados Unidos de amargarem um ‘reles’ terceiro lugar no quadro de medalhas olímpicas – uma posição extremamente vexatória para o orgulho da Casa Branca.
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