Ontem, segunda-feira de carnaval, dia 12 de fevereiro de 2024 – apenas quatro dias após a Operação da Polícia Federal que desnudou os bastidores da tentativa de golpe e menos de 24 horas desde a publicação da crônica ‘Lugar de golpista é na cadeia (que, a partir do discurso proferido pelo general Hamilton Mourão em 09/02/2024, alertava para a movimentação dos bolsonaristas, pois “os golpistas brasileiros continuam em ação e, seguramente, continuam a conspirar contra a Democracia”) -, as redes sociais brasileiras foram inundadas com o convite do golpista Jair Bolsonaro para um (pode parecer piada, mas é verdade) ato “em defesa do Estado democrático de direito”, a ser realizado na tarde do dia 25/02/2024, na Avenida Paulista, em São Paulo, no qual, sob a chamada geral de ‘Deus, Pátria, Família e Liberdade’, (pasme) fará ‘a defesa da Democracia’.
O convite de Bolsonaro, imediatamente repercutido por todos os parlamentares, pastores, xeleléus e robôs bolsonaristas, constitui em flagrante desafio à Justiça brasileira e tem o nítido objetivo de constranger as autoridades judiciárias e policiais do País.
Na cabeça doente e irresponsável de Bolsonaro, uma eventual demonstração de força política sustaria os processos que correm contra ele, colocando-o ao largo da legislação nacional e deixando-o livre para conspirar contra o Brasil e contra o Povo brasileiro.
Ao propor um ato capaz de obstacular o andamento da Justiça, talvez Bolsonaro queira provocar a sua prisão e, com isso, assumir a condição de mártir e símbolo da causa conservadora para provocar uma comoção popular capaz de ‘virar a mesa’ (como queria do general Augusto Heleno) e recoloca-lo no posto máximo da Nação.
A situação é grave e não comporta vacilo ou covardia.
O Poder Judiciário não pode se deixar emparedar ou intimidar por um bandido como Jair Bolsonaro.
Que se aplique a Lei e Bolsonaro seja imediatamente preso e recolhido à ala psiquiátrica da Papuda.
O Brasil não merece e não precisa viver sob o risco por ele representado. Lugar de golpista é na cadeia.
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