SOBRE O PROGRAMA AEROESPACIAL BRASILEIRO. É HORA DE REVER AS PARCERIAS
Alexandre Santos e José Mário Cavalcanti
Com muita alegria, a Índia comemorou a conclusão bem sucedida do projeto de colocar uma nave espacial no hemisfério sul da superfície lunar – um feito inédito, pois, até agora, todas as alunagens ocorreram noutros sítios, considerados ‘mais fáceis’.
A pergunta que salta aos olhos é ‘se a Índia colocou uma nave na Lua, por que o Brasil, cujo Programa Espacial foi lançado em 1960 por Jânio Quadros (ao mesmo tempo que o programa indiano) – não faz o mesmo?’.
Ora, o projeto especial brasileiro não avançou por conta da submissão, do entreguismo e dos complexos de vira-latas e de capacho de antigos ocupantes do Palácio do Planalto, que preferiram fazer alinhamentos automático da política do Itamaraty aos interesses dos Estados Unidos, sempre aceitando as condições humilhantes por eles impostas para suprimir a soberania do País.
Aliás, o programa espacial brasileiro nunca se firmou porque – mesmo criando significativo aparato integrado pelo INPE, CTA, ITA e outros centros de pesquisas ligados ao tema – em acordos escritos ou não, teve o progresso proibido pelo governo norte-americano.
Nunca é demais lembrar o estranho ‘acidente’ que matou 21 cientistas do programa aeroespacial brasileiro.
Na realidade, entre outras submissões, curvado às pressões da Casa Branca, o governo brasileiro cedeu a Base de Lançamento de Satélites de Alcântara, no Maranhão, aos Estados Unidos, ficando proibido até mesmo de utilizar a base, em nome de uma tal confidencialidade tecnológica.
Se o Brasil quiser recobrar o terreno perdido na corrida espacial, precisa denunciar os acordos CaraCu mantidos com os Estados Unidos e, se for o caso, firmar acordos científicos e tecnológicos com parceiros verdadeiramente interessados em compartilhar conhecimentos.
Talvez estes acordos possam ser firmados no âmbito dos BRICS.
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