Semana passada, de forma irresponsável, Israel atacou o Irã.
De imediato, recebeu um troco para o qual não estava preparado – os persas reagiram e revidaram com mísseis e drones lançados desde o Irã contra Tel Aviv, refinarias e outros alvos importantes na terra dos judeus.
Acuado, vendo a destruição chegar, consciente de que as quatro camadas de proteção das quais tanto se orgulhava não eram suficientes para conter os mísseis hipersônicos lançados desde Teerã, tomado pela insegurança e pelo medo, Benjamim Netanyahu pediu socorro aos Estados Unidos.
Aí, movido por sentimento semelhante àquele que anima o governo judeu, pensando estar diante de uma ‘mosca-morta’, Donald Trump determinou o maior bombardeio já realizado pelos aviões do Tio Sam e atacou as instalações científico-militares de Fordow, Natanz e Isfahan, onde, supostamente, cientistas iranianos desenvolviam o programa nuclear do país.
Mexeu com um vespeiro, coitado.
Assim como aconteceu com Israel, a agressão cometida pelo Tio Sam provocou resposta imediata.
Poucas horas após o bombardeio, depois de aprovar um plano geral para suspender a cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica e [aprovar] o fechamento do Estreito de Ormuz e estrangular o abastecimento mundial de petróleo, o Irã lançou um ataque avassalador com mísseis balísticos de curto e médio alcance contra a base de Al-Udeid, mantida pelos norte-americanos no território do Catar, onde abriga o Comando Central das Forças Armadas dos Estados Unidos (Centcom), provocando a morte e ferimentos graves em muitos dos 13.000 soldados ali baseados.
Diante da dura realidade, sentindo a destruição na própria pele, judeus e norte-americanos descobriram a dificuldade de enfrentar os persas – os quais, diga-se de passagem, já dispostos a direcionar mísseis contra as bases norte-americanas localizadas na Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã, Síria e Iraque, estavam prestes a receber o apoio da Coreia do Norte, do Iêmen e do Hezbollah.
Antes que o caldo engrossasse mais ainda, os Estados Unidos e Israel resolveram pedir penico.
E, assim, depois de muitos mortos e feridos em todas as partes, foi celebrado um cessar-fogo.
Infelizmente, como, ao contrário daquilo dito por Benjamin Netanyahu e seus cúmplices, os Palestinos não têm qualquer força miliar e não impõem medo aos judeus e norte-americanos, com o apoio dos Estados Unidos, as Forças de Defesa de Israel vão continuar o holocausto na Faixa de Gaza.
Acolhendo os ensinamentos de Vegécio, seria muito bom para a paz na Palestina se o Hamas tivesse uma bomba nuclear.
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