Uma grande parte da população não sabe, mas, hoje, a Argentina mergulhou numa escuridão, da qual não sairá tão cedo.
De fato, a posse de Jair Milei no cargo mais importante do país significa a entrega do seu destino [destino do país] ao pensamento conservador e reacionário que caracteriza a extrema-direita, distanciando-o [distanciando o país] das preocupações e políticas públicas tão necessárias à população, especialmente às camadas mais pobres.
A julgar pelas promessas de campanha (cujo símbolo foi uma motosserra) – extinção da moeda nacional, [extinção] do Banco Central, [extinção] dos ministérios da saúde, da educação, da cultura, da ciência e tecnologia, afastamento diplomático do Brasil, da China, do Mercosul, privatização da empresas públicas, dos rios, dos mares, das praias, dos ares e mais um montão de irresponsabilidades inexequíveis -, Jair Milei quer entregar a Argentina ao grande capital internacional, combalidos economicamente, os argentinos não terão como suportar a concorrência dos estrangeiros.
Para antecipar aquilo que será o governo Milei (que se autoproclama representante de um tal anarco-liberalismo por ele inventado) basta verificar a índole dos principais convidados para a posse – Jair Bolsonaro, Volodymyr Zelensky, Viktor Orbán, Vahagn Khachaturyan, André Ventura e Santiago Abascal, que representam a ultra-direita no Brasil, Ucrânia, Hungria, Armênia, Portugal e Espanha – e fazer um exercício mental, no qual – depois de misturar o entreguismo de Carlos Menen, com pior daquilo feito pelos generais Jorge Rafael Videla, Roberto Eduardo Viola, Leopoldo Galtieri e Reynaldo Bignone com a irresponsabilidade social e econômica de Maurício Macri – multiplicar por dez e elevar à quinta potência. Pronto! Tem-se uma ideia do inferno que vem por ai na Argentina.
Infelizmente, assim como aconteceu com o Brasil nos tempos de Bolsonaro, pelos próximos anos, a Argentina vai servir de chacota no noticiário internacional.
Que Deus tenha pena do povo argentino!
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