Terminou, ontem, no Rio de Janeiro, após três dias de intensa programação, o G20 Social – um encontro associado ao G20, que oferece uma oportunidade para a sociedade civil ser ouvida no processo de construção das políticas públicas – cuja criação foi anunciada pelo presidente Lula em Nova Délhi, ao final da na 18ª Cúpula quando o Brasil assumiu a presidência do bloco.
Em sua primeira edição, o G20 Social prestigiou o lema ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’ e atuou a partir do funcionamento de 13 grupos de engajamento – sociedade civil, think tanks, juventude, mulheres, trabalho, cidades, business, ciências, startups, parlamentos, tribunais de contas, cortes supremas e oceanos e, ainda, encontros entre as trilhas política, financeira e os grupos de engajamento – e, como numa festa da Democracia popular que pretendeu ser, [o G20 Social] deu destaque a representantes de entidades como Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Associação Brasileira Organizações Não Governamentais (Abong), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Coalizão Negra por Direitos, Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Central Única das Favelas (CUFA) e o Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
O encontro teve diversos ‘pontos altos’, inclusive aquele protagonizado pela primeira-dama Janja, que, quando fazia uma palestra sobre desinformação, teve o discurso atrapalhado pela buzina de um navio e, sem-papas-na-língua, cogitou “acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você. Fuck you, Elon Musk” (do painel de onde comanda os robôs digitais que disseminam ondas de fakenews e se prepara para assumir um cargo no ministério de Donald Trump, prontamente, o oligarca Elon Musk reagiu, vaticinando a derrota de Lula nas próximas eleições).
Na cerimônia de encerramento – que contou com a presença de Lula, cuja chegada foi festejada com longos aplausos -, com leitura da agricultora e ativista Mazé Morais, o G20 Social divulgou a sua Declaração Final, que, oferecendo a sugestão da sociedade civil para a inclusão na Declaração de Líderes da Cúpula do G20, destaca o combate à fome e às desigualdades sociais, a sustentabilidade, a mudança do clima e transição justa e a necessidade de reforma da governança global.
Em seu discurso, se referindo ao encontro como “um momento histórico para mim e para o G20”, Lula o definiu como “um terceiro pilar, que se somou aos pilares político e financeiro”.
Não é a toa que, para a maioria os observadores da cena mundial, Lula é o principal líder da atualidade.
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