Desde pequenos, em frase dita à guisa de provérbio, todos devem ter ouvido que ‘o crime não compensa’.
Acontece que, como se fosse assunto para inglês ver, desiludindo as pessoas, especialmente as crentes na virtude, este provérbio é constantemente desmoralizado, seja pela impunidade dos criminosos, seja pela manipulação da lei para dar caráter legal à ilegalidades, imoralidades e ilegitimidades.
Por estes dias, por exemplo, a extrema-direita vem inflando um rumor que minimiza o Oito de Janeiro e pede a anistia aos golpistas.
Neste embalo, o general-senador Hamilton Mourão, ex-vice presidente do futuro presidiário Jair Bolsonaro, apresentou projeto-de-lei que concede perdão a todos os envolvidos na tentativa de golpe.
Na realidade, ao contrário daquilo desejado pela extrema-direita, para não mandar sinal equivocado à sociedade, ao invés de indulto, a Justiça deve, não só ser ultra-severa nas condenações aplicadas aos golpistas já identificados, mas, também, incluir na dança os mentores, financiadores, estimuladores e planejadores do golpe.
Ávidas para provar que ‘o crime não compensa’, as cadeias estão prontas para receber criminosos como Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Eduardo Pazuello, Anderson Torres, Bia Kcis, Frederick Wasseff, Mauro Cid, Carla Zambelli, Damaris Alves, Silvney Vasques, Luciano Hang, Silas Malafaia, Ciro Nogueira, etc., etc., etc.
Aliás, para aprimorar a mensagem (de que ‘o crime não compensa’), acolhendo algumas das dezenas de solicitações já feitas aos tribunais, o Poder Judiciário deveria determinar a instauração de inquérito para apurar as responsabilidades do golpe de 2016 e renovado em 2018.
Seria ótimo, inclusive porque as cadeias prontas para receber os golpistas de 2023, também servem para acomodar os golpistas de 2016, dispondo de espaço suficiente para figuras como Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves, Rodrigo Janot, Sérgio Moro e o resto da cambada.
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