Com o golpe de 2016, o governo usurpador entregou a Petrobrás aos ‘sócios minoritários’ (uma corja baseada em Wall Street e na City londrina), que, imediatamente, trataram de modificar a política de preços dos combustíveis no Brasil, atrelando-os ao dólar e às cotações internacionais. Na prática, a mudança significou que, embora tenham as receitas em real, os brasileiros passaram a comprar os derivados do petróleo em dólar – uma panela que, mais cedo ou mais tarde, explodiria. Mesmo assim, comprometidos integralmente com os tais ‘sócios minoritários’, sob o velho argumento da supremacia do mercado, os liberais e ultraliberais do governo Bolsonaro jamais aceitaram sequer pensar no assunto. Agora, no entanto, com a explosão dos preços provocada pela guerra no leste europeu e, também, pela aproximação das eleições presidenciais (e risco de sequer chegar ao segundo turno), o presidente Jair Bolsonaro parece decidido a intervir no assunto. Uma decisão extemporânea, pois a desgraça está feita e, quando muito, vai congelar o nível de sofrimento da população sem qualquer efeito para a reversão dos males já causados. A luz no fim do túnel é a informação de que faltam menos de 300 dias para o fim do mandato do Quadrúpede.