SOBRE A POSSIBILIDADE DE A AMÉRICA DO SUL SER ARRASTADA PARA A GUERRA, COMENTANDO O INTERESSE DOS EUA NO PETRÓLEO DA VENEZUELA
O perigo se aproxima. Ao invés de ajudar a criar as condições para o restabelecimento da paz no leste europeu, os EUA querem, a qualquer preço, contornar as dificuldades criadas por eles próprios, pavimentando a estrada que pode levar a outras guerras, alastrando o conflito em escala global. Agora, com o desejo explícito de compensar as deficiências surgidas com o embargo à Rússia, a Casa Branca mandou uma delegação a Caracas para comunicar ao presidente Nicolas Maduro o seu interesse pelo petróleo venezuelano. Nós já sabemos qual será a provável consequência em caso do (igualmente provável) NÃO. Observemos que uma eventual invasão da Venezuela pelas tropas do Tio Sam (ou seus prepostos colombianos e, mesmo, brasileiros) converterá o norte da América do Sul num novo Teatro de operações, abrigando as batalhas que tanto interessam à indústria armamentista. Vale lembrar os laços criados pela Venezuela com a China, o Irã e a própria Rússia. O estopim foi aceso. Ainda é cedo para sabermos SE (ou QUANDO) a bomba explodirá. De qualquer forma, é bom acompanhar o tratamento que, nos próximos dias, a mídia dispensará à Venezuela: se passar a tratar Maduro de ‘presidente’, é porque o entendimento com os EUA está avançando; se insistir no ‘ditador’ de sempre, é porque Maduro resistiu e vem uma nova guerra por aí.
Está confirmado. Em entrevista coletiva, a porta-voz do departamento de estado confirmou o interesse dos EUA em adquirir petróleo da Venezuela. O interessante é que, ao invés de negociar com Juan Guaidó, os norte-americanos procuraram o governo de Nicolás Maduro. Se a Venezuela não negociar com a Casa Branca, Tio Sam vai entrar em ação e, sob qualquer desculpa, vai invadir o país, convertendo o norte da América do Sul num inferno. Em compensação, se a Venezuela negociar direitinho, além de voltar a ser um dos principais exportadores de petróleo, o governo Maduro pode desmoralizar mundialmente a farsa Guaidó e, quem sabe, até recuperar as reservas internacionais pirateadas pelo Reino Unido. A Venezuela poderá, então, voltar a inspirar sonhos como aqueles que teve Hugo Chavez.