Diante da iminência da sua condenação e consequente prisão, Jair Bolsonaro desesperou-se e, atirando em todas as direções, levou o Partido Liberal (PL) a dar início a uma operação de obstrução dos trabalhos da Câmara dos Deputados de modo a forçar a votação do projeto de anistia aos golpistas do Oito de Janeiro (um projeto sem sentido, cujo objetivo é evitar a prisão do Quadrúpede).
E o PL começou a tal obstrução.
Acontece que o mundo continua a girar, trazendo novidades e necessidades para o Pais e para as forças que integram a sociedade.
Foi quando veio o ‘Tarifaço’ de Donald Trump, que prejudica os seguimentos exportadores da economia brasileira, com impacto significativo no agronegócio (majoritariamente bolsonarista).
Na sequência, como faria qualquer governo minimamente responsável, o governo Lula propôs ao Congresso Nacional uma ‘Lei da Reciprocidade’, que autoriza medidas de resposta a barreiras comerciais impostas a produtos brasileiros.
Enquanto isso, impulsionado pelo extremo vira-latismo que caracteriza o clã, seguindo o exemplo dado pelo filho Eduardo (que queria ser embaixador em Washington e, depois, [queria ser] presidente da comissão de política externa da Câmara dos Deputados), Jair Bolsonaro teve a ousadia entreguista de dizer que ‘os Estados Unidos têm o direito de taxar Brasil’, acrescentando que ‘não devemos taxá-lo de volta para o povo ter produtos norte-americanos’.
Aí veio a hora da verdade e, apesar de dizer-se em ‘obstrução’ e da palavra de Bolsonaro contra qualquer gesto de defesa às agressões norte-americanas, a bancada não-bolsonarista do PL se curvou ao bom-senso e, sem dificuldades, o governo Lula aprovou a ‘Lei da Reciprocidade’.
Rei morto, rei posto.
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