Quando um liberal propõe a expansão do Estado há alguma coisa fora do lugar – ou o tal liberal deixou de ser liberal ou há um negócio escuso em vista.
Este é o caso da compra do Banco Master (que, todos sabem, anda mal das pernas) pelo Banco de Brasília (BRB), cujo acionista majoritário é o Governo do Distrito Federal.
Por que, de uma hora para outra, ao invés de propor a ampliação da desestatização (através da venda de ações do BRB) como fariam os outros governadores liberais (vide o exemplo dado por Romeu Zema e por Tarcísio de Freitas), o governador Ibaneis Rocha resolveu abandonar a tese do ‘Estado mínimo’ e comprar um banco em dificuldades, repassando R$ 2 bilhões para o espertalhão Daniel Vorcaro e seus parceiros?
Dizem que a resposta a esta questão está no modelo de partilha da dinheirama proposto por Daniel Vorcaro, homem de negócios que, além de presidente e maior acionista do Master, também é bam-bam-bam no ramo das Sociedades Anônimas do Futebol (SAF).
Na realidade, não há razão econômica ou política para o banco público de Brasília comprar um banco privado. Imagine, à guisa de exercício intelectual, a gritaria que a bancada liberal faria se o Banco do Brasil resolvesse comprar o Bradesco ou, mesmo, [resolvesse] recomprar suas ações.
Este negócio (que ainda depende da aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) está muito mal contado e insinua a realização de um grande trambique.
Talvez seja hora de o Banco Central investigar se, além de tripas e bofes, as entranhas deste negócio abriga bocas gulosas.
Este Ibaneis nunca me enganou…
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