Em certa medida, ontem assistimos uma mostra dos tempos que, habitualmente, o Brasil viveria na improvável hipótese de o Capetão Jair Bolsonaro permanecer na presidência da república.
Logo cedo, o Brasil tomou conhecimento de que, com objetivo difuso de ‘localizar e prender lideranças criminosas que estariam escondidas na comunidade’, uma violenta operação conjunta do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, redundou na morte de 22 pessoas (algumas das quais não tinha qualquer envolvimento com atividades ilícitas ou ilegais).
22 mortos. Você leu certo. 22 mortos.
Pois bem. Ao tempo que, estarrecida, a sociedade manifestava preocupação com o nível de violência usado pela polícia, encastelado do Palácio do Planalto, em Brasília, sem sequer procurar saber detalhes do acontecimento, o presidente Jair Messias Bolsonaro elogiou o comportamento do tenente coronel Uirá Ferreira, da PM-RJ, que comandou os assassinatos.
Este é o Brasil que Bolsonaro quer para nós. Este é o presidente que a turma do Capetão nos deseja.
Ainda bem que (se um golpe de Estado não violar a vontade do Povo brasileiro), como o presidente da república será outros, este não será o cotidiano vivido pelo País no próximo ano.
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