A cerimônia realizada ontem no Congresso Nacional pelos presidentes dos poderes da república para registrar a repulsa do Povo brasileiro à tentativa de golpe, ocorrida em 08 de janeiro de 2023, anotou ausências significativas – como o presidente da Câmara dos Deputados, dois ministros do STF, parlamentares e governadores de Estados importantes -, acendendo alguns alertas.
Aliás, a leitura das não-presenças conduz automaticamente à conclusão de que, se não houve apoio dos ausentes à tentativa de golpe, pelo menos, há a sua apatia em relação aos cuidados proclamados pelo evento para com a Democracia.
De qualquer forma, estas possibilidades indicam que – seja por cumplicidade com o golpe, seja por indiferença com a Democracia -, em termos do compromisso com a forma de governo desejada pelo País, os ausentes não merecem a confiança da Nação, deixando claro a existência de uma perigosa fissura no aparato institucional encarregado de zelar pela sua integridade [pela integridade da Democracia no País].
De fato, por mais que se queira ‘tapar o sol com a peneira’, há a inequívoca necessidade de sanear e recompor este aparato institucional.
Se se tratasse de uma máquina, seria fácil, pois bastaria trocar as peças defeituosos com a máxima brevidade.
Acontece que as ‘peças defeituosas’ estão por dentro dos poderes e alta administração política do País, desfrutando direitos (que lhes são garantidos pela Democracia pouco valorizada por eles).
Assim, devem ser aturados até que percam eventuais prerrogativas ou violem a lei. De qualquer forma, tendo em vista a índole, da mesma forma que deve estar sendo feito com os simpatizantes do golpismo, a turma dos ausentes precisa ser acompanhada de perto, pois, como a história já mostrou, não perderá a nenhuma oportunidade para (como diz o pastor), por pensamentos, palavras e obras, direta ou indiretamente, atentar contra a Democracia.
Os ausentes representam perigo e como tal devem ser observados.
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