Hoje, por todo o País, espocam gritos de apoio à Democracia e de repúdio àqueles que, há um ano, tentaram destruí-la no Brasil – em 08/01/2022, o Dia da Infâmia (como chamou a ministra Carmen Lúcia) ou, simplesmente, o Oito de Janeiro (como a maioria passou a chamar), em ação meticulosamente planejada, fartamente financiada e operada com competência, chegados à Brasília por aqueles dias e saídos do acampamento bolsonarista erguido na área do Forte Apache, no Setor Militar Urbano, milhares de golpistas convergiram para a Praça dos Três Poderes, onde, com método e disciplina, invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal, depredando-os e saqueando-os, com o objetivo da forçar a decretação de Estado de Sitio ou de Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), abrindo caminho para a destituição do governo recém instalado e início de um novo período autoritário.
Na ocasião, lastreado pela experiência adquirida nos dois mandatos anteriores e calejado pelos ataques à Democracia que testemunhou e protagonizou em 2016 e 2018, com o apoio decisivo dos presidentes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral, Lula resistiu e conseguiu sufocar a tentativa de golpe, recolhendo milhares de golpistas ao complexo penal da Papuda.
Hoje, passado o primeiro ano desde aquele triste episódio, embora atravesse tempo menos turbulento, o Brasil ainda respira a atmosfera pesada exalada pela extrema-direita e assim permanecerá até que dura legislação contra as Fakenews seja adotada e [até que] líderes anti-democráticos serem impedidos de conspirar contra a Democracia.
Todos sabem que a nossa Democracia é cheia de falhas e requer aperfeiçoamentos, especialmente naquilo que diz respeito à amplitude da representação popular e descompromisso dos eleitos com as plataformas por eles defendidas nas campanhas.
Assim, consciente da sua importância com a cidadania, a sociedade deve lutar pelo aperfeiçoamento da Democracia e não pela sua destruição.
Como, um dia falou Ulisses Guimarães, ‘a Democracia é uma flor tenra que precisa ser cuidada permanentemente para não fenecer.
Viva a Democracia!
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