A partir de 2013 – no curso da campanha para desgastar o governo Dilma Rousseff e que, diante da sua reeleição [reeleição de Dilma], descambou para o golpismo disfarçado de Impeachment -, progressivamente (em processo acelerado com a vitória de Jair Bolsonaro em 2018), os reacionários e conservadores de todos os naipes se sentiram livres para manifestar sentimentos guardados por toda a vida, liberando recalques, taras, manias, perversões, preconceitos, psicoses, elitismos, intolerâncias, grosserias, perversidades e, de uma hora para outra, saídos do armário no qual se recolhiam com suas inconformidades sociais, o Brasil ficou cheio de nazifascistas, trimagasis, negacionistas, racistas, escravocratas, ignorantes, fundamentalistas, armamentistas, supremacistas, violentos, arrogantes, boçais, acanalhados e toda a sorte de imbecis.
Mas, como não há mal que sempre dure, mesmo ameaçada pela extrema-direita, a vitória eleitoral, administração excelente e consagração mundial de Lula parecem ter posto um fim nos tempos das trevas confortáveis àqueles que emergiram do submundo das deformidades sociais, dando uma espécie de freio-de-arrumação e de reversão na festa dos bolsonaristas (neste caso, o termo ‘bolsonarista’ foi usado para designar todos os tarados sociais revelados neste período, sem referir-se necessariamente a simpatizantes de Jair Bolsonaro).
Agora, em processo iniciado com o recolhimento das bandeiras verde-amarelas com as quais manifestavam orgulho das suas taras, pouco a pouco, os bolsonaristas guardam as marcas da brutalidade e, contando com a memória curta e tolerância das pessoas, voltam aos armários.
Não há dúvidas de que o mundo sem os tarados é muito melhor.
De qualquer forma, a sociedade não pode esquecer de que os tarados existem e, a depender do chamado da extrema-direita, podem voltar a sair dos armários nos quais se refugiam nos tempos de luz.
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