Uma das maiores dificuldade de os humanistas têm no convívio cultural e intelectual com os capitalistas é a incompatibilidade das formas como vêem o mundo.
Para os capitalistas tudo se resume a dinheiro e, pela sua vontade [vontade dos capitalistas], todos os bens são (ou podem vir a se tornar) mercadoria.
Na cabeça dos capitalistas não tem significado valores como generosidade, solidariedade, piedade, amor e tantas outros próprios da Humanidade.
Se não tiver um preço ou [não] estiver associado à possibilidade de negócios, as coisas não merecem atenção.
Naturalmente, este modo de ver o mundo é intimamente relacionado ao Egoísmo e, por óbvio, implica em sérias consequências.
Não ocorrem sem razão, portanto, a fome, a pobreza, o desabrigo e tantas outras mazelas, que decorrem da concentração de riquezas e cuja solução depende da adoção de princípios só presentes fora do mundo dos negócios.
Segundo o pensamento dos capitalistas, por exemplo, a deficiência da renda pode ser superada através de métodos abomináveis como a venda da liberdade, a venda do sangue e de órgãos, a venda do corpo para a diversão dos ricos em farras e orgias.
Pode parecer absurdo, mas, por estes dias, na Argentina, o senador Juan Carlos Pagotto e outros aliados do ultra-direitista Javier Milei, passaram a defender que famílias de baixo poder aquisitivo possam vender suas crianças e [vender] seus órgãos.
’Está precisando de dinheiro? Venda um rim ou um filho. Se não tiver mais nada para vender, venda a si próprio e se converta em escravo de quem possa pagar’. Estas são algumas das soluções que estão propondo.
É bem possível que, neste momento, por ocasião da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) 2024, que ocorre em Balneário Camboriú sob a coordenação de Eduardo Bolsonaro, líderes capitalistas como Javier Milei, Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas estejam conversando sobre estes tipos de ‘soluções’ para a pobreza das pessoas.
Não será surpresa se os mentores do capitalismo passarem a recomendar que, como solução para seus problemas financeiros, pais de moças bonitas as vendam ou as aluguem à bordeis para que sirvam de pasto sexual para as bestas capazes de pagar pelos seus serviços.
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