No instante em que (irritado pelo vazamento da sua vida secreta – coisa que não deveria interessar a ninguém, pois, desde que consentido, as pessoas devem ter o direito de liberar suas fantasias e preferências) Mark Zuckerberg anunciou o encerramento do sistema de ‘checagem de fatos’ até então praticado pela BigTech Meta, mentirosos de todo o Planeta se sentiram livres para inundar as redes sociais com fakenews, fazendo a festa da extrema-direita.
No Brasil, antes mesmo da reunião convocada por Lula para discutir o assunto, o pessoal da extrema-direita disparou um severo ataque contra o Banco Central (que, desde 1º de janeiro, já não é presidido pelo ultra-capitalista Roberto Campos Neto) com uma campanha em torno do Pix. No ataque, um vídeo produzido por Inteligência Artificial mostrou o ministro da Fazenda Fernando Haddad anunciando a hipotética tributação de uma série de itens, incluindo os pagamentos e recebimentos por Pix, os animais de estimação, a gravidez e mais um montão de coisas, provocando grande perturbação na rotina de lojistas e clientes Brasil afora.
De pronto, a Polícia Federal foi acionada pra investigar a origem do vídeo falso, mas, como previam os seus mentores, o mal já estava feito e a fakenews contaminou o país, saltando de zapp em zapp para formar uma grande onda de desinformação.
Cedo ou tarde, a Polícia Federal vai chegar aos autores do boato criminoso, os quais, naturalmente, seguindo o manual da calhorda, vai alegar agir com base no ‘direito de expressão’ garantindo na Constituição.
Parodiando Millor Fernandes, o mundo deveria desejar que a má fé, a burrice e a ignorância provocassem dores lancinantes.
Leia mais em
www.alexandresanttos.com.br