Ontem choveu bastante no Recife. Nas ruas, o cenário era de muita água. Água por toda a parte, transformando ruas em rios.
Quem pode, ficou em casa. Evidentemente, nem todos puderam agir desta forma. Uns porque, dada a sua situação pessoal, não podem se dar ao luxo de perder um dia de trabalho, outros porque sequer têm uma casa para ficar.
De qualquer forma, as ruas estavam praticamente desertas, evocando a pergunta sobre onde estariam os sem-teto – pessoas que, por falta de alternativa e por dependência da caridade alheia, fazem da rua a sua morada e do esmoler o seu ganha-pai. Pois é.
Num dia infernal como aquele, sem ter a quem pedir, como os mendigos conseguiram sustento? Sem as calçadas ou bancos das praças para repousar, onde os miseráveis encontraram abrigo?
O mais grave é que, em fenômeno associado ao modelo econômico liberal, de modo geral, os ricos não se sentem obrigados em ajudar os miseráveis e, muitas vezes, sequer tomam conhecimento da sua existência e sofrimento.
Assim, milhões de pobres e miseráveis ficam entregues à própria sorte, ao relento, onde prevalece o deus-dará e o cada-um-por-si.
Mas, não precisa ser assim.
Os abastados podem aprender que um dos mais importantes indicadores de riqueza e civilidade é o grau de Humanidade alcançado pela sociedade na qual vive.
Enquanto houver um único miserável em seu seio, uma comunidade não poderá ser classificada como rica e, neste sentido, todos os seus membros serão portadores da cota-parte que lhe cabe na pobreza residente.
Que todos possam se ricos e que ninguém precise amargar a carência absoluta para satisfazer o Egoísmo de alguns.
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