Ao tempo que o Rio Grande do Sul amarga a maior tragédia climática da sua história, aos poucos, em ritmo de conta-gotas, vêm à público desmandos ambientais comandados e permitidos pelas forças liberais que comandam o Estado já há algum tempo.
Soube-se, por exemplo, que, quanto tomou posse no mais importante cargo do Estado, em 2019 – talvez como contrapartida do apoio recebido do agronegócio ou, mesmo, para demonstrar que ‘faz parte da turma’-, Eduardo Leite cortou ou alterou quase 500 pontos do Código Ambiental do Rio Grande do Sul.
Estas agressões ao meio ambiente, todo sabem, têm um preço, sendo, obviamente, uma das principais (talvez a maior) causas daquilo que se vê hoje nas cidades e nos campos gaúchos.
Vale lembrar que, tendo ganhado corpo no Estado a partir do fortalecimento do agronegócio e da manifestação de células nazistas semi-adormecidas, a extrema-direita criou super bolhas de desinformação nas quais encarceraram a maioria do povo gaúcho, levando-o a praticar gestos incompatíveis com a sua índole democrática, como a violenta recepção à comitiva de Lula por grupelhos ruralistas, na visita à Unipampa, em março de 2018, ou os virulentos e grosseiros ataques aos nordestinos por conta dos votos dados à Lula nas eleições de 2022.
Não foi sem razão que, no segundo turno das últimas eleições, após expurgar as esquerdas do pleito, os gaúchos tiveram à disposição um cardápio ecocida cujas opções eram Eduardo Leite e Ônix Lorenzoni. Na realidade, de tão contaminada pelas mensagens negacionistas e fakenews a que está exposta, a população gaúcha exerceu as piores opções e, da pior forma possível, está aprendendo que ‘quando a cabeça não pensa, o corpo padece’.
Nada disto, no entanto, altera o sentimento nacional de que é preciso socorrer o Rio Grande do Sul, livrando-o das atuais mazelas e ajudando-o a recuperar a vitalidade e prosperidade que sempre teve.
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