Mentir deveria ser crime.
Eu não me refiro, claro, às ‘mentiras’ contadas pelos ficcionistas – até porque, precedidas pelo aviso que se incluem no mundo das artes, elas [as ‘mentiras’ contadas nos filmes, livros de ficção’ e outras peças artísticas] não são mentiras -, nem àquelas chamadas de ‘mentirinhas-brancas, aquelas inventadas pela namorada que precisa de um tempo longe do namorado ou [inventada] pelo menino que precisa de um dinheirinho extra na mesada.
Me refiro às mentiras usadas como método regular de ação por pessoas inescrupulosas que fazem do embuste um instrumento de conquista e de manutenção do poder.
Nos dias correntes – em tenebroso exemplo de como, num gradiente que se intensifica quanto mais se afasta do centro e se aproxima da extremidade, a cambada da direita age -, bolsonaristas se aproveitam da situação de vulnerabilidade da população afetada pela tragédia climática no Rio Grande do Sul para disseminar todo o tipo de fakenews, em campanha insidiosa cujo propósito parece ser desacreditar a figura do Estado como peça essencial do processo de enfrentamento da miséria e da condução de esforços para restauração da normalidade e retomada do crescimento econômico.
Aliás, além de desrespeitar a dor de quem está vivendo o flagelo, todos aqueles que, deliberadamente, espalham mentiras para aumentar o nível de insegurança e de infelicidade das pessoas deveriam ser enjaulados como bandidos (que, de fato, são).
Estes mentirosos deveriam ser tomados como terroristas e, tal como os agentes do Oito de Janeiro, [deveriam ser] entregues ao julgamento do Xandão. 17 anos de cadeia pode ajudar a ressocializar estes criminosos.
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